O artigo foi publicado pelos estudantes de doutorado Iara Souza e Diego Morais; os alunos de iniciação científica Vítor Fernandes e João Vitor Cavalcante; o aluno egresso do programa de doutorado Clovis Reis; e o professor Rodrigo Dalmolin.
A autora Iara Souza apontou o seguinte:
"No nosso trabalho, buscamos estudar o perfil evolutivo de genes essenciais já anotados para cinco organismos modelo animais (Saccharomyces cerevisiae, Schizosaccharomyces pombe, Drosophila melanogaster,* Caenorhabditis elegans* e Mus musculus), abrangendo organismos eucariotos unicelulares e pluricelulares.".
E ainda esclareceu acerca dos genes essenciais e da metodologia criada: "são genes cruciais para a sobrevivência de um organismo, de modo que alterações genéticas deletérias nestes genes podem causar a morte do organismo e interferir na perpetuação da espécie. Por meio de uma metodologia criada pelo nosso grupo de pesquisa, pudemos observar que existem dois perfis de genes essenciais: um grupo de genes essenciais comuns a todas as espécies estudadas, os quais abrangem genes mais antigos e que determinam funções celulares primordiais para todas as espécies; e um grupo de genes que são essenciais para cada espécie, os quais surgiram mais recentemente na história evolutiva de cada espécie e desempenham funções primordiais específicas para cada uma destas. A identificação de genes essenciais pode nos indicar quais vias celulares e alvos moleculares são cruciais para uma bactéria ou um fungo, por exemplo. Estes alvos moleculares podem servir para o desenvolvimento de novas drogas, como os antimicrobianos, que ajudam no combate à infecções. Paralelamente, a identificação de genes que são essenciais para a sobrevivência de tumores pode revelar alvos moleculares para o desenvolvimento de novas drogas antitumorais."